domingo, 9 de agosto de 2009

O Jardineiro Fiel

O filme pode ser definido em uma palavra: fantástico.

É estéticamente impecável, tem atores super competentes e uma trama que mescla uma história de amor e altas conspirações políticas, tendo como pano de fundo o cenário das favelas quenianas.

"O Jardineiro Fiel" conta a história da jovem ativista Tessa, interpretada pela atriz Rachel Weisz, que começa a investigar uma conspiração relativa às atividades de grandes indústrias farmacêuticas na África. Após Tessa morrer em circunstâncias suspeitas, seu marido, o diplomata britânico Justin Quayle, parte em busca do que realmente aconteceu e acaba descobrindo que sua esposa estava envolvida com ligações perigosas, prestes a fazer revelações que não agradariam aos poderosos industriais.

Dirigidos pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles, Ralph Fiennes e Rachel Weisz, como Justin e Tessa, demonstram um envolvimento incrível. Em 2006, Rachel ganhou 5 prêmios por sua atuação em "O Jardineiro Fiel", entre eles o Oscar e o Globo de Ouro. O filme é baseado no livro homônimo (no original "The Constant Gardener"), escrito em 2001, pelo autor britânico John Le Carré.

A fotografia é extraordinária. Nas cenas que se passam na África, é tudo muito colorido e super saturado, o que passa uma idéia de alegria que não corresponde a realidade miserável e triste. Já as cenas filmadas em Londres e Amsterdam são mais sóbrias, quase sempre retratadas em um ambiente mais retraído.

O estilo de filmagem de Meirelles é mais solto, permite que a cena flua de acordo com o realmente está acontecendo. As cenas que se passam nas favelas africanas, quando Tessa caminha entre as crianças, é um exemplo disso: as coisas vão acontecendo e o telespectador consegue perceber a naturalidade.

Chamo atenção ainda para a trilha sonora, de responsabilidade de Alberto Iglesias. Belíssima e de uma delicadeza ímpar.

Nota 10 para Meirelles e seu grupo.
Abaixo segue o trailer do filme, vale a pena dar uma olhada.

http://www.youtube.com/watch?v=16B7iMNL6Ew

domingo, 2 de agosto de 2009

Gran Torino


É muito bom. Dirigido, produzido e estrelado pelo Clint, não poderia não ser bom. Clint é Walt Kowalski, um veterano da Guerra da Coréia, rabugento e racista que não se dá bem com a família.

Logo nas primeiras cenas, o cara só aparece rosnando, brigando com filho, com neto, com cachorro, com todo mundo.

Conforme a trama se desenrola, Walt, que mora em um bairro chinês/coreano/whatever, se aproxima de seus vizinhos, os irmãos Thao (Bee Vang)
e Sue (Ahney Her), ao defendê-los de um primo escrotíssmo membro de uma dessas gangue de filme americano.

O guri, Thao, ao ser praticamente forçado a se iniciar nessa tal gangue, tenta roubar o Gran Torino do Clint. O cara, que é um puta casca grossa, ataca o guri de rifle na garagem. A família, super tradicional do projeto de ladrão, oferece os serviços do rapaz como forma dele pagar pela tentativa.

A partir daí, o primo malvadão da gangue começa a perseguir Thao e Walt o defende. Inicia-se então uma história bem bacana de amizade entre o grosseiro veterano de guerra, extremamente racista, com seus vizinhos asiáticos.

Os diálogos são meio óbvios e a temática é um tanto quanto senso comum, mas ainda assim classifico como muito bom.
Clint é o típico herói americano, não ri em nenhuma cena, é um grosso mascador de fumo. Mas, ainda assim, é uma graça, um ator/diretor/produtor excelente, poderia dizer único.
Nota 9
=]

Ficha Técnica:

Título Original: Gran Torino
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 116 minutos
Ano: 2008
Direção: Clint
Eastwood
Roteiro: Nick Schenk, baseado em estória de Dave Johannson e Nick Schenk
Produção: Bill Gerber, Clint Eastwood e Robert Lorenz
Fotografia: Tom Stern