sábado, 18 de julho de 2009

Harry Potter and the Half-Blood Prince

O sexto filme da série Harry Potter, "Harry Potter e o Enígma do Príncipe" é obviamente uma decepção para quem leu o livro e esperava no mínimo 3 horas de filme.

Os efeitos especiais são ótimos, especialmente em cenas como as que Harry, interpretado pelo britânico Daniel Radcliffe, aparata com Dumbledore (Michael Gambon) e as que ele entra na Penseira, uma espécie de bacia mágica onde é possível ver as memórias alheias.

A montagem do filme perdeu bastante e a história foi bem condensada. A versão original do livro, em inglês, tem cerca de 607 páginas e a tradução para o português cerca de 510. Por ser uma trama mais complexa e necessitar de mínimas explicações prévias, as 2 horas aproximadas de filme ficaram um pouco corridas demais, parecendo que tudo acontece num dia só e com fatos poucos esclarecidos.

Se comparada aos filmes anteriores da série, a fotografia não me pareceu grande coisa. Ressalva para a cena em que Harry e Dumbledore estão para entrar na caverna e a cena seguinte, quando já estão dentro. Muito bem feitas, fato. Já os "inferi", mortos vivos que os esperavam dentro da caverna, foram representados de uma forma bem diferente do que a maioria tinha imaginado; pareciam mais um bando de sméagols, do Senhor dos Anéis. Deveras bizarro.

Anyway, Daniel Radcliffe e Emma Watson, que interpreta a Hermione, são tão expressivos quanto um bule. Harry Potter quando está triste tem a mesmíssima expressão na face de quando está feliz ou irritado. Hermione chora de um jeito tão fake que dá vergonha alheia. Rupert Grint se salva, talvez pelo fato do seu personagem ser mais maleável, menos sério, o que provavelmente possibilita que o ator flua melhor. A cena da morte do Dumbledore é tri clichê, o cara cai da Torre da Astronomia ou whatever seja aquilo num jogo de câmeras mega manjado. Um dos únicos atores que demonstrou alguma expressão e competência no ofício foi Tom Felton, que interpreta Draco Malfoy

Tendo em vista que Harry Potter and the Half-Blood Prince é uma transição entre o 5º livro e o desfecho da série, eu não esperava um filme muito explicativo ou sequer realmente bom. Mas também acho que a direção poderia ter se esforçado mais. Uma série que tem um custo de produção tão alto quanto HP não pode deixar a peteca cair na reta final do trabalho.
Harry Potter and the Half-Blood Prince tem efeitos especiais ótimos, mas o roteiro é fraco, várias cenas cortadas, romance demais, trama a toque de caixa, atores parecem cansados, enfim...

Aos fãs resta aguardar o próximo e último filme, que tem previsão de estréia no ano que vem.




Ficha Técnica

Título: Harry Potter e o Enígma do Príncipe
Título Original: Harry Potter and the Half-Blood Prince
Gênero: Aventura
Pais/Ano: Estados Unidos e Reino Unido/2009
Direção: David Yates
Produção: David Heyman, David Barron
Roteiro: Steve Kloves
Duração: 153 min

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Revolutionary Road



O filme "Revolutionary Road", que teve o título original adaptado (novamente, de forma contestável) para o português como "Foi apenas um sonho", fala sobre o cotidiano.

O roteiro se passa em meados dos anos 50 e conta a história de April e Frank Wheler, um casal que vive em uma cidade no subúrbio dos Estados Unidos. April (Kate Winslet) é uma atriz frustrada que vira dona de casa e passa a ter como atividade principal cuidar da casa e dos filhos. Frank (Leo DiCaprio) trabalha como vendedor em um empresa que lhe paga bem, mas que ele detesta.

Vivendo em meio à discussões, conflitos e reconciliações diários, April e Frank levam uma vida medíocre que os desespera. A trama ganha corpo quando a personagem de Kate, April, sugere que a família saia de Revolutionary Road e se mude para Paris; Frank cogita a possibilidade da mudança de vida em busca de novos horizontes, mas a vida lhes reserva surpresas que mudam seus planos e o rumo da história.

O diretor, Sam Mendes, que é marido de Kate Winslet e foi super aclamado pelo ótimo Beleza Americana, conduz o roteiro de uma forma que encanta pela simplicidade e crueza do argumento. Ao mesmo tempo que, em alguns momentos, a narrativa possa parecer maçante, a forma seca como são descritos os fatos do cotidiano do casal Wheeler toca o receptor justamente por ser sincera, surpreendendo pela sutileza.

Kate Winslet, interpretando uma mulher instável, desgastada e fria, está novamente impecável. Leonardo DiCaprio no papel de um pai de família dedicado, mas conformado e acomodado, demonstra um amadurecimento diferente de qualquer outro filme que tenha feito nos últimos anos. Onze anos depois de Titanic, a dupla se mostra mais afinada e proporciona, em Revolutionary Road, um espetáculo à parte.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Personal Effects





O drama Personal Effects, traduzido porcamente para o português como Por Amor, conta a história de Linda (Michelle Pfeiffer) e Walter (Ashton Kutcher), que perderam pessoas queridas da família e acabam se aproximando emocionalmente.


Linda tem um filho adolescente, Clay, que não superou a morte do pai e vê em Walter um estímulo para continuar. Linda e Walter acabam tendo um romance e a trama se desenrola entre a busca por justiça e os dramas internos de cada um.


O filme é bem água com açúcar, apesar de ter seqüências belíssimas, como a cena em que Walter aparece conversando com Clay sobre a morte da irmã. O detalhe é que Clay tem deficiência auditiva, e enquanto Walter discorre e desabafa, seu interlocutor aparece alheio, andando à volta, catando pedrinhas, sem dar bola para o que o outro fala.

Mas fora algumas cenas mais inteligentes e que fogem (bem pouco) do clichê, o filme é meio chatinho. E o final (eu não vou contar, mas já adianto) é besta.


Ficha Técnica:

Título: Por Amor
Título Original: Personal Effects
Gênero: Drama
Pais/Ano: EUA - 2009
Diretor: David Hollander
Produção: Christian Arnold-Beutel
Roteiro: David Hollander
Fotografia: Elliot Davis
Duração/Censura: 110 min - 12 anos

domingo, 12 de julho de 2009

É Foch!


Na coletânea de crônicas "É Foch", editada pela editora L&PM em 2007, o cantor e compositor Nei Lisboa compartilha textos que exprimem a sagacidade do autor.

Com ironia e criticidade nas doses exatas, Nei fala sobre política, cinema, paternidade, relações caninas, o tempo, decide parar de beber, depois parar de fumar e, em prol de Maria Clara, sua "linda rebenta", como ele mesmo define, começar a praticar exercícios.

Nei escreve de um jeito simples e direto, o que só faz aumentar a vontade de devorar o livro em uma sentada. A leitura de suas crônicas, publicadas nos jornais Zero Hora e Extra Classe, entre 2000 e 2006, são tarefa aprazível. Compositor consagrado, o cara se mostra em "É Foch" um notável contador de histórias.




quarta-feira, 1 de julho de 2009

Iniciando...

Devaneios quaisquer, críticas de filmes, livros, bares, restaurantes, entrevistas e o que mais vier.

Sugestões são sempre bem vindas

=]