
O filme "Revolutionary Road", que teve o título original adaptado (novamente, de forma contestável) para o português como "Foi apenas um sonho", fala sobre o cotidiano.
O roteiro se passa em meados dos anos 50 e conta a história de April e Frank Wheler, um casal que vive em uma cidade no subúrbio dos Estados Unidos. April (Kate Winslet) é uma atriz frustrada que vira dona de casa e passa a ter como atividade principal cuidar da casa e dos filhos. Frank (Leo DiCaprio) trabalha como vendedor em um empresa que lhe paga bem, mas que ele detesta.
Vivendo em meio à discussões, conflitos e reconciliações diários, April e Frank levam uma vida medíocre que os desespera. A trama ganha corpo quando a personagem de Kate, April, sugere que a família saia de Revolutionary Road e se mude para Paris; Frank cogita a possibilidade da mudança de vida em busca de novos horizontes, mas a vida lhes reserva surpresas que mudam seus planos e o rumo da história.
O diretor, Sam Mendes, que é marido de Kate Winslet e foi super aclamado pelo ótimo Beleza Americana, conduz o roteiro de uma forma que encanta pela simplicidade e crueza do argumento. Ao mesmo tempo que, em alguns momentos, a narrativa possa parecer maçante, a forma seca como são descritos os fatos do cotidiano do casal Wheeler toca o receptor justamente por ser sincera, surpreendendo pela sutileza.
Kate Winslet, interpretando uma mulher instável, desgastada e fria, está novamente impecável. Leonardo DiCaprio no papel de um pai de família dedicado, mas conformado e acomodado, demonstra um amadurecimento diferente de qualquer outro filme que tenha feito nos últimos anos. Onze anos depois de Titanic, a dupla se mostra mais afinada e proporciona, em Revolutionary Road, um espetáculo à parte.
Pauli, parabéns pelo blog! Como já dito em outros momentos, adoro a maneira como tu escreves! Tens muito talento, vais longe flor! Certamente este blog vai para os meus favoritos! Beijocas
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